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Câncer de Mama: Qual sua relação com a Nutrição



Câncer de Mama

O mês de outubro é tradicionalmente marcado pelo movimento de conscientização ao combate do Câncer de Mama, simbolicamente representado pelo laço rosa. O câncer de Mama é a segunda neoplasia mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo, respondendo por cerca de 25% dos casos novos a cada ano.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) adverte que, para se ter controle eficaz do câncer de mama, são necessárias medidas que garantam um diagnóstico da doença nas fases iniciais, diminuindo, significativamente, a mortalidade dessa doença.

Sua incidência cresce progressivamente após os 50 anos e possui como principais fatores: histórico familiar; menstruação precoce (antes dos 12 anos); menopausa tardia (após os 50 anos); ausência de gravidez; reposição hormonal. Além disso, alimentação rica em açúcares e gordura, e excesso de peso são fatores coadjuvantes ao desenvolvimento.

Fatores Associados ao Surgimento do Câncer de Mama


Em um estudo publicado na revista Nutrire, mostrou que o câncer de mama é maior em mulheres que apresentam baixa escolaridade. Como também pior condição socioeconômica, maior frequência de excesso de peso e qualidade da dieta ruim.

Há evidências de que o efeito da gordura da dieta seja exercido depois do início da carcinogênese e que esse processo geralmente aumenta com a ingestão inadequada de gordura. Essa associação parece estar correlata ao consumo de gorduras saturadas ao invés de gorduras poli-insaturadas.

Fatores contra o Câncer de Mama: Alimentação Adequada


Alguns estudos associam a elevada ingestão de vegetais, frutas, cereais, fibras, gordura insaturada (peixes, oleaginosas, ômega-3) e baixo consumo de gordura saturada (carnes gordurosas, embutidos, frituras) com baixos níveis sanguíneos de estrógenos. Além disso, há evidências sugerindo esse estilo de vida como um fator protetor contra o câncer de mama. O Ômega-3, por exemplo, inibe a formação do câncer de mama, assim como as metástases, reduzindo a tendência à neoplasia mamária.

A carne vermelha por sua vez, quando reduzida sua ingestão poderia diminuir o risco de câncer de mama. Além disso, mulheres que consomem grandes quantidades de carne vermelha estão expostas a agentes mutagênicos e cancerígenos.

Entre os micronutrientes (vitaminas e minerais) com atuação quimiopreventiva no câncer de mama, destacam-se as vitaminas antioxidantes, folato e o selênio, os quais podem ser encontrados em frutas e vegetais de coloração alaranjada, vegetais folhosos escuros, frutas cítricas e oleaginosas. Sobre as isoflavonas, encontrada na soja, exercem um papel protetor no desenvolvimento de tumores mamários, pois concorrem com os sítios de receptores estrogênicos situados nas células mamárias.

A atenção nutricional ao paciente neoplásico é um fator importante para o melhor prognóstico da doença. Aproximadamente 70% dos pacientes oncológicos apresentam alguma dificuldade para se alimentar; mais da metade necessita de aconselhamento nutricional e controle dos sintomas que interferem na ingestão de alimentos e cerca de 30% carecem de suplemento nutricional.

 Ganho de peso entre Pacientes em tratamento Quimioterápico


Pacientes em tratamento quimioterápico apresentam um índice muito baixo de desnutrição, sendo comum o relato de ganho de peso. Esse é um dos principais efeitos desagradáveis da quimioterapia, trazendo prejuízos ao prognóstico do paciente e aumentando o risco de reincidência do câncer.

Em um estudo observacional, transversal e analítico publicado na Revista Brasileira de Promoção de Saúde em 2014, teve como objetivo identificar o padrão alimentar a posteriori de mulheres com câncer de mama. Foram analisadas 100 mulheres com câncer de mama, submetidas à quimioterapia/radioterapia, atendidas em um centro de câncer. Os resultados demonstraram excesso de peso e circunferência da cintura acima do recomendado, além de um consumo de carne vermelha e processada, óleos, gorduras e cereais refinados. Concluiu-se então que a o padrão alimentar das pacientes foi caracterizado por uma dieta de risco, que pode contribuir positivamente para a recidiva da doença.

O consumo alimentar habitual aponta tanto para uma potencial lacuna na abordagem educativa pregressa e atual dessas pacientes como para os aspectos que deverão ser priorizados em ações de intervenção. Especificamente, deve haver um incentivo ao maior consumo de hortaliças e frutas, considerando-se uma maior variedade delas, e à diminuição do consumo de cereais refinados, gorduras, açúcar e bebidas açucaradas (refrigerante).


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