Novidades
latest

728x90

468x60

Consumo De Carne Vermelha



Consumo de Carne Vermelha


Com o aumento da expectativa de vida do povo brasileiro e com a progressiva industrialização e globalização, o câncer configurou-se como um problema de saúde pública de dimensões nacionais, ocupando o segundo lugar de causa de óbito no país. Estando entre os cinco primeiros o câncer de color-retal (CCR), com foco nos Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Hoje vamos ver o que o Consumo de Carne Vermelha tem haver com isso.

O CCR envolve os tumores malignos localizados no intestino grosso formado pelo cólon, reto e ânus. Desenvolve-se silenciosamente e por isso tem diagnóstico tardio. É uma doença tratável e curável quando não apresenta metástases para outros órgãos. Os fatores de risco incluem: história familiar de CCR, dieta baseada em gorduras animais, baixa ingestão de frutas, vegetais e cereais integrais; assim como, etilismo, tabagismo, obesidade e sedentarismo.

Estudos experimentais e epidemiológicos têm demonstrado uma associação entre a nutrição e os alimentos no risco de CCR. Onde em 1990 já se relatava em estudos prospectivos em que o consumo de carne vermelha está relacionado ao aumento do risco de CCR. Atualmente sabe-se que leva ao aumento de 28% a 35% do risco.

Consumo de Carne Vermelha Processada


Em alguns países, o alto consumo de carne vermelha e processada foi associado com menor ingestão de frutas e hortaliças, cereais integrais e peixes, e maior consumo de refrigerantes, óleos e gorduras.

O World Cancer Research Fund recomenda um consumo máximo de 500g/semana de carne vermelha e processada.

A carne é uma fonte primária de proteína, rica em vários minerais e vitaminas, e um fornecedor de gordura. Há vários mecanismos possíveis para explicar os efeitos cancerígenos de carne.

Primeiro, o ferro heme na carne vermelha tem mostrado relação com o aumento dos compostos endógenos N-nitrosos (NOCs) que são produzidos quando a carne é processada e são cancerígenos. Também induz danos no DNA, o qual está envolvido na carcinogênese, e catalisam a formação de aldeídos citotóxicos e genotóxicos.

Em segundo lugar, os compostos cancerígenos como aminas heterocíclicas (HCAs) e os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAP) se formam durante o cozimento da carne a uma temperatura elevada ou em chama aberta.

Em terceiro lugar, o consumo elevado de gorduras totais e saturadas da carne tem sido sugerida para aumentar o risco de CCR, aumentando a excreção de ácidos biliares, que promove a carcinogênese.

Dessa forma, é necessário desenvolver políticas públicas para conscientizar a população sobre os fatores de risco associados ao desenvolvimento do CCR, tornando-se imprescindível a atuação do nutricionista.


« PREV
NEXT »